Após reabilitação, 16 pinguins voltam ao seu habitat

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Foto: Divulgação | Após reabilitação, 16 pinguins voltam ao seu habitat
Foto: Divulgação | Após reabilitação, 16 pinguins voltam ao seu habitat

Imagem: Divulgação | Após uma longa jornada de migração no oceano, encalhe na praia e reabilitação, 15 pinguins-de-Magalhães voltaram ao mar

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Setembro de 2024 – O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), de responsabilidade da Petrobras, realizou a soltura dos animais, em 30 de agosto, na Praia do Moçambique, em Florianópolis/SC. Por viverem em bando, a soltura é realizada quando se forma um grupo de, no mínimo, dez pinguins.

A Associação R3 Animal, executora do PMP-BS em Florianópolis, é responsável por parte dos resgates, além da reabilitação e reintegração à natureza. Após soltura, os pinguins seguem sua viagem de milhares de quilômetros em direção à Patagônia Argentina, onde estão suas colônias reprodutivas.

É o segundo grupo reabilitado neste ano pelo projeto. Na primeira soltura, no início de agosto, 16 pinguins tiveram a oportunidade de retornar ao habitat natural.

“É sempre gratificante ver esse sucesso de reabilitação, graças à dedicação da equipe e de todos que estão envolvidos”, diz Matheus Marussi, médico veterinário do PMP-BS/R3 Animal.

Encalhes de pinguins em 2024

Em Florianópolis, 2563 pinguins-de-Magalhães já foram registrados na temporada de migração 2024, dentre vivos e mortos, até 29 de agosto. Desse total, apenas 141 estavam vivos na hora do resgate, muito magros e com sinais de exaustão.

Os animais vivos são encaminhados para o centro de reabilitação da R3 Animal, onde recebem tratamento veterinário. A processo de reabilitação inclui ganho de peso, hidratação, equilíbrio da temperatura corporal e treino da piscina para melhorar o condicionamento físico e estimular a impermeabilização das penas.

Além dos resgatados em Florianópolis, a R3 Animal também reabilita pinguins vindos de outros municípios de Santa Catarina e previamente estabilizados. Nesta soltura, três pinguins foram resgatados na capital pelo PMP-BS/R3 Animal, cinco vieram do PMP-BS/Univille, três do PMP-BS/Univali, três do PMP-BS/Udesc e um foi resgatado em trecho que não abrange o projeto, no sul do estado.

Migração e desafios

No outono e inverno, os pinguins-de-Magalhães partem de suas colônias reprodutivas na Patagônia Argentina, seguindo correntes marítimas em busca de alimentos em águas mais quentes, quando atingem o litoral brasileiro, principalmente as regiões Sul e Sudeste.

Os pinguins são gregários, mas é esperado que indivíduos mais jovens se percam do bando, devido à inexperiência da primeira migração, e acabem encalhando nas praias quando já estão exaustos de tanto nadar, desnutridos e hipotérmicos. É comum que ações antrópicas, como petrechos de pesca e poluição marinha, agravem suas condições de saúde.

Ao encontrar um pinguim na praia:

  • Não force o pinguim a voltar para água. Se ele atingiu a praia, é porque está exausto ou debilitado;
  • Se ele estiver nadando, não se aproxime. O resgate ainda não é autorizado;
  • Não o coloque em contato com gelo. Animais debilitados costumam apresentar hipotermia;
  • Não tente tocá-lo ou alimentá-lo
  • Afaste animais domésticos;
  • Acione o PMP-BS: 0800 642 3341

A realização do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma exigência do licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama, para as atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos.

Site oficial: https://comunicabaciadesantos.petrobras.com.br/projeto-de-monitoramento-de-praias-pmp

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