Instituto de Pesquisas Ambientais aponta árvores que se adaptam melhor às mudanças climáticas

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Imagem: Divulgação | Pesquisa do Instituto de Pesquisas Ambientais aponta potenciais árvores que se adaptam melhor às mudanças climáticas

Abril de 2025 – Uma pesquisa inovadora do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) identificou espécies de árvores na Grande São Paulo com maior capacidade de resistência aos efeitos das mudanças climáticas. O estudo analisou folhas de 29 espécies nativas em fragmentos urbanos e periurbanos da Mata Atlântica, revelando seis espécies potencialmente tolerantes. Essas espécies poderão ser consideradas para a arborização urbana no futuro, desde que atendam a outros critérios, como resistência a patógenos e pragas, além de características de crescimento da copa e das raízes. Os testes foram realizados tanto em campo quanto em laboratório.

Espécies consideradas mais tolerantes identificadas até o momento:

  • Cupania vernalis – Camboatá ou Camboatã
  • Croton floribundus – Capixingui ou Tapixingui
  • Eugenia cerasiflora Guamirim
  • Eugenia excelsa – Pessegueiro-bravo
  • Guapira opposita – Maria-mole
  • Myrcia tijucensis – Guamirim-ferro

O grupo de pesquisa do IPA está começando um novo projeto que visa aprimorar o protocolo de métodos, incluindo novos biomarcadores para classificar o nível de tolerância de árvores nativas da floresta atlântica ao estresse urbano. O estudo também ampliará o número de espécies analisadas, incluindo aquelas utilizadas em projetos de restauração florestal, e realizará experimentos em câmaras de crescimento para avaliar a resistência das árvores à deposição de poluentes e a eventos climáticos extremos. Esse trabalho faz parte do Plano de Desenvolvimento Institucional em Pesquisa (PDIP), financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), dentro do projeto “Desafios para a conservação da biodiversidade frente às mudanças climáticas, poluição e uso e ocupação do solo”.

Contribuições do estudo:

  • Orientação para ações de reflorestamento – Os dados auxiliam na escolha das espécies mais adequadas para a recuperação de áreas urbanas, contribuindo para a melhoria da qualidade do ar e a mitigação do efeito das ilhas de calor.
  •  Preservação da biodiversidade – A identificação de espécies resistentes auxilia na conservação da biodiversidade local, garantindo a manutenção dos serviços ecossistêmicos essenciais para o bem-estar da população.
  • Apoio à formulação de políticas públicas – As informações geradas podem embasar estratégias de adaptação às mudanças climáticas e conservação ambiental.

O coordenador do Instituto de Pesquisas Ambientais, Marco Aurélio Nalon, destaca a importância desse tipo de estudo no enfrentamento das mudanças climáticas: “Investir em pesquisa científica e inovação é essencial para desenvolver soluções sustentáveis e eficazes que garantam a resiliência das cidades e a conservação da biodiversidade.”, finaliza.

Site Oficial: https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/ipa

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