Aumento do IOF compromete modernização e competitividade da indústria do plástico, alerta presidente da ABIPLAST

Foto: Divulgação
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Imagem: Divulgação | Medida eleva custos de insumos e crédito, prejudica modernização do setor e ameaça investimentos em sustentabilidade e economia circular.

Junho de 2025 – O recente decreto do Governo Federal que eleva as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) gerou preocupação em diversos setores produtivos do país. Para a indústria de transformação, e em especial para o setor do plástico, a medida representa um entrave significativo à competitividade, à modernização e ao desenvolvimento sustentável.

Segundo José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST), o impacto da elevação do IOF será sentido de maneira profunda no setor, que emprega mais de 400 mil pessoas e está presente em cadeias produtivas estratégicas como as indústrias de alimentos, automóveis, construção civil e saúde.

“A indústria do plástico depende fortemente da importação de insumos, matérias-primas e equipamentos. A elevação da tributação sobre operações de câmbio aumenta os custos de produção, compromete a competitividade e atrasa investimentos essenciais para a modernização do parque industrial brasileiro”, afirma Roriz.

Além disso, o aumento das alíquotas do IOF encarece o crédito para empresas que buscam inovar e investir em processos mais sustentáveis, como iniciativas de economia circular, descarbonização e eficiência energética.

“O aumento do IOF afeta não apenas o custo de produzir no Brasil, mas também compromete a capacidade de modernização da indústria do plástico, que busca investir em processos sustentáveis e na economia circular. Precisamos de políticas que incentivem a competitividade e não que criem novas barreiras para quem quer produzir, empregar e inovar no país”, reforça o presidente da ABIPLAST.

De acordo com estimativas divulgadas por entidades da indústria, a medida elevará os custos para empresas e negócios em R$ 19,5 bilhões apenas em 2025, podendo chegar a R$ 39 bilhões em 2026. A carga tributária sobre empréstimos deve aumentar mais de 110% ao ano, tornando o ambiente de negócios ainda mais desafiador.

Outro ponto destacado pela ABIPLAST é que a elevação da tributação sobre operações financeiras ocorre em um momento em que o setor plástico investe fortemente em inovação, digitalização e sustentabilidade, com o objetivo de se adequar às novas demandas ambientais e de consumo.

“Sem previsibilidade e segurança jurídica, as empresas encontram ainda mais dificuldades para realizar os investimentos necessários”, pontua Roriz.

A ABIPLAST, ao lado de outras entidades da indústria nacional, espera que o Congresso Nacional avalie com responsabilidade os impactos da medida e promova o debate sobre a necessidade de um ambiente econômico que favoreça o crescimento baseado na produtividade e na eficiência, e não na elevação da carga tributária.

Sobre a ABIPLAST

A Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST) representa o setor de transformados plásticos e reciclagem desde 1967, atuando para aumentar a competitividade da indústria. Para isso, realiza ações que promovem novas tecnologias, novos processos, pesquisa de produtos com foco na sustentabilidade, entre outras. Há anos, a implementação da economia circular na cadeia produtiva está no topo das prioridades da ABIPLAST. A entidade, referência no tema, desenvolve juntamente com seus associados ações que preparem os setores para a atual realidade que se delineia, avançando em direção a resultados efetivos sempre com foco nas questões ambientais. A entidade representa um universo de mais de 14,1 mil empresas de transformação e reciclagem de plásticos, que, juntas, empregam 378,8 mil profissionais.

Site Oficial: https://www.abiplast.org.br

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