
Imagem: Divulgação | Mercado de energia projeta queda para 2026, impulsionado por clima e consumo abaixo da média.
Junho de 2025 – As chuvas registradas ao longo de abril surpreenderam positivamente e contribuíram para a manutenção dos níveis dos reservatórios na região Sudeste/Centro-Oeste. Porém, o cenário segue exigindo atenção. Segundo dados da CCEE, o PLD médio em abril foi de R$ 202/MWh nos submercados Sudeste/Centro-Oeste e Sul, uma queda de 38% em relação a março. Já nos submercados Norte e Nordeste, o preço médio foi de R$ 107/MWh. A prospecção de maio, com dados até o dia 12 do mês, o preço médio é de R$ 184/MWh. Em meio a esse contexto de incertezas, a ANEEL anunciou a bandeira tarifária amarela.
“Apesar do bom desempenho das precipitações no mês passado, o sistema segue sensível. O ONS precisou recorrer aos recursos da região Sul para preservar os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste”, explica Alan Henn, engenheiro eletricista e CEO da Voltera.
O consumo da energia em abril também foi comprometido pela queda das temperaturas, impulsionado pelo desempenho de massas de ar frio vindas do hemisfério sul (oscilação Antártica), o resultado foi a redução da carga. O mesmo está ocorrendo no mês de maio, em que as temperaturas também estão abaixo da média histórica.
“A geração termelétrica continuou sendo fundamental para sustentar o atendimento à demanda, especialmente durante os períodos de menor geração solar e eólica. A solar teve desempenho relevante, atingindo até 24 GW nos horários de pico, enquanto a hidrelétrica operou de forma complementar”, complementa Alan.
O nível dos reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN) está ligeiramente abaixo do observado no mesmo período de 2024. A boa notícia é que as chuvas que vieram em abril, tipicamente classificado como um mês seco, apresentou volumes acima da média histórica em regiões como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e partes de Minas Gerais. A boa notícia é que as chuvas que vieram em abril, tipicamente classificado como um mês seco, apresentou volumes acima da média histórica em regiões como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e partes de Minas Gerais.
Pensando no futuro do mercado, os preços dos contratos de energia para 2026 apresentaram queda ao longo de abril, movimento atribuído à redução no consumo e à melhora nos níveis de precipitação. Do lado regulatório, seguem em pauta as discussões sobre a revisão das metodologias de cálculo dos limites mínimo e máximo do PLD, além de mudanças estruturais relacionadas à Tarifa de Energia de Otimização (TEO).
“É importante modernizar esses mecanismos para que o mercado continue funcionando de forma equilibrada”.
Medida Provisória 1.300/2025
Além dos efeitos do clima e do comportamento do consumo, o setor elétrico brasileiro acompanha com atenção as recentes mudanças regulatórias. O governo federal assinou uma Medida Provisória (MP) dividida em três grandes eixos: ‘justiça tarifária’; ‘liberdade para o consumidor’; e ‘equilíbrio para o setor’. Os deputados e senadores terão 120 dias para aprovar a MP. A ideia é a abertura do mercado livre de energia para consumidores de baixa tensão – como comércios e pequenas indústrias – o prazo antecipou de março de 2027 para agosto de 2026.
“Com a antecipação do prazo previsto, isso amplia as oportunidades para que mais empresas acessem o mercado livre e otimizem seus custos energéticos”, destaca Alan. No entanto, ele também aponta incertezas sobre os subsídios para fontes incentivadas e os impactos no Grupo A. “Ainda não sabemos como os benefícios tarifários serão aplicados. Se não houver clareza na execução, podemos ter entraves para novos projetos e desequilíbrios no sistema”, finaliza.
Sobre a Voltera
A Voltera conecta e democratiza o acesso de qualquer empresa do Brasil ao mercado livre de energia. Entregamos energia limpa, com preço baixo e uma gestão integrada com inteligência e tecnologia.
Site Oficial: https://voltera.com.br
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