
Imagem: Divulgação | Iniciativa conjunta, contemplada com o Edital Corredores da Biodiversidade – Floresta Viva, tem como objetivo, ao longo dos próximos quatro anos, a restauração de 378 hectares do entorno do Rio Taquari, afluente que desempenha um papel crucial na manutenção da biodiversidade do Pantanal.
Junho de 2025 – Promovida por meio de ação conjunta do Instituto Taquari Vivo e do Instituto SOS Pantanal, a Expedição Alto Taquari foi realizada entre os dias 28 e 30 de abril, e deu início às atividades do Projeto Caminho das Nascentes, iniciativa contemplada com aporte financeiro do Edital Corredores da Biodiversidade – Floresta Viva, que tem como objetivo, ao longo dos próximos quatro anos, viabilizar a restauração de 378 hectares do entorno do Rio Taquari (MS), com foco no Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari e no Monumento Natural Municipal Serra do Bom Jardim, em Alcinópolis (MS).
“A expedição foi o pontapé inicial do Projeto Caminho das Nascentes, e tivemos a oportunidade de levar nossos parceiros e apoiadores para conhecerem, de perto, as áreas que serão contempladas com as iniciativas de restauração. Quando falamos em preservação do Pantanal, temos de ter consciência do papel fundamental da restauração das nascentes do entorno. Nesse sentido, a Bacia do Taquari é fundamental para a existência do Pantanal”, explica o biólogo Gustavo Figueirôa, Diretor de Comunicação e Engajamento do SOS Pantanal.
Com atividades realizadas ao longo de três dias, a expedição reuniu 30 representantes de 22 entidades e instituições parceiras como, Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL), Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente de Alcinópolis, (UFMS) Laboratório de Ecologia da Intervenção (LEI), IBAMA, Associação 5P, Associação Alcinópolis Feito à Mão e Comunidade Quilombola Santa Tereza, entre outras. Também estiveram presentes representantes do Funbio, organização gestora do Projeto Floresta Viva, além de representantes do BNDES e Petrobrás, patrocinadores deste projeto.
No primeiro dia de atividades, 28/4, depois de uma apresentação dos principais objetivos da expedição realizada por Letícia Koutchin Reis, bióloga e gestora do Instituto Taquari Vivo, os participantes se deslocaram para uma visita ao Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari, sendo recepcionados por Martha Gilka Gutierrez Carrijo, gestora da Unidade de Conservação. No dia 29, a expedição chegou ao Monumento Natural Serra do Bom Jardim, onde foram apresentadas áreas que serão contempladas com as iniciativas de restauração do Projeto Caminho das Nascentes e foi realizada uma visita ao Parque Natural Municipal Templo dos Pilares, sítio arqueológico conhecido pela incidência de pinturas rupestres, em Alcinópolis.
Na manhã do último dia de expedição, 30/4, ações de educação ambiental e de fomento à economia criativa, que também serão ministradas ao longo dos próximos quatro anos por meio de intervenções do Projeto Caminho das Nascentes nas comunidades locais e na rede pública de ensino, foram realizadas na sede da Associação Alcinópolis Feito à Mão, grupo que reúne moradores especializados na produção de artesanato em cerâmica. O encontro também promoveu trocas de experiências entre integrantes das entidades parceiras e representantes da Comunidade Quilombola Santa Tereza, instalada em Figueirão, município sediado na região do Alto Taquari.
No período da tarde, a expedição foi concluída com uma visita à Rede de Sementes Flor do Cerrado, uma iniciativa conjunta, criada em 2022, em parceria do Instituto Taquari Vivo e WWF Brasil, que visa a coleta, beneficiamento e distribuição de sementes nativas do Cerrado, para apoiar projetos de restauração ecológica.
“Recuperar as nascentes do Alto Taquari é garantir que o Pantanal continue recebendo água de qualidade e em quantidade suficiente. Quando restauramos essas áreas estamos ajudando a reequilibrar o ciclo da água, proteger a biodiversidade e melhorar a vida das pessoas que vivem nessa região. É um trabalho que exige planejamento, parceria e, acima de tudo, compromisso com o futuro” completou Renato Roscoe, Diretor Executivo do Instituto Taquari Vivo.
Sobre o SOS Pantanal
O Instituto Socioambiental da Bacia do Alto Paraguai SOS Pantanal é uma organização ambiental nascida em 2009, que atua na conservação do Pantanal, promovendo o aprimoramento de políticas públicas, a divulgação de conhecimento e o desenvolvimento de projetos para o uso sustentável do bioma. Por meio da ciência e do diálogo, o SOS Pantanal fomenta as transformações necessárias com o apoio de diversos setores da sociedade civil e do poder público.
Sobre o Instituto Taquari Vivo
O Instituto Taquari Vivo é uma organização sem fins lucrativos que atua na conservação e restauração da bacia hidrográfica do rio Taquari, no Pantanal Mato-grossense. Suas principais ações incluem o combate à erosão, a recuperação de áreas degradadas e o apoio a projetos de desenvolvimento sustentável na região. O instituto também promove a conscientização sobre a importância do Pantanal e a necessidade de sua proteção, trabalhando para mitigar os impactos da degradação ambiental, promovendo a sustentabilidade e o desenvolvimento local na região.
Sobre o Floresta Viva
O projeto Floresta Viva tem como objetivo contribuir para investimentos em restauração ecológica em biomas brasileiros, com a obtenção de benefícios relacionados à preservação da biodiversidade, disponibilidade de recursos hídricos, melhoria do microclima, remoção de dióxido de carbono da atmosfera e geração de empregos e renda. Por meio do Edital Corredores de Biodiversidade, que tem apoio do BNDES e da Petrobras, sob gestão do Fundo Brasileiro Para a Biodiversidade (FUNBIO), o Floresta Viva apoia iniciativas de restauração ecológica e fortalece a cadeia produtiva da restauração em corredores de biodiversidade no Cerrado e no Pantanal.
Site Oficial: https://taquarivivo.org
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