Com utilização da tecnologia, irrigação pode aumentar a produtividade em 30% e pode oferecer mais sustentabilidade com o uso racional da água

Foto: Divulgação
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Imagem: Divulgação | Utilização da irrigação no Brasil é baixa, mas tem crescido nos últimos anos como opção para superar efeitos climáticos adversos, aumentar a produtividade e até valorizar o preço da terra.

Julho de 2025 – Dados da Embrapa, de outubro de 2024, indicam que o Brasil aumentou a quantidade de áreas de lavoura irrigadas nos últimos anos. Enquanto em 2022, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) apontou que havia 1,92 milhão de hectares irrigados por pivôs centrais, em 2024 esse número passou para 2,2 milhões de hectares, um aumento de 14,58%. Apesar disso, o Brasil possui apenas 2,6% do total de áreas irrigadas em relação ao percentual global.

Ao todo, considerando outros tipos de irrigações, como como o uso de gotejamento, inundação e aspersão convencional, o país chega a 9,2 milhões de hectares. A área é menor que as áreas irrigadas do Irã e Paquistão, três vezes menor que a dos Estados Unidos e oito vezes menor que as áreas irrigadas da China e Índia. Por conta desses números, especialistas enxergam que há grande potencial para o avanço da irrigação. As mudanças climáticas se tornaram um fator importante para o desenvolvimento dessa atividade.

“Produtores em muitos locais do país têm sofrido com a falta de regularidade e a má distribuição de chuvas, com longos períodos de estiagem, especialmente por conta das mudanças climáticas. Com isso, a irrigação se apresenta como uma oportunidade para evitar perdas de safra e até mesmo ampliar a produtividade”, destaca Juan Latorre, gerente comercial sul da Lindsay, líder mundial em tecnologia para irrigação no agronegócio.

Segundo ele, projetos de irrigação bem desenvolvidos podem aumentar a produtividade ultrapassando uma média de 30% e permitem que os produtores possam realizar até três safras ao ano. A irrigação é feita em especial para culturas de grãos, mas tem se expandido cada vez mais para outras culturas como as de cana, café, citrus e hortifrutis, entre outros.

“A irrigação não consegue mitigar todos os problemas climáticos, mas amplia a segurança e funciona como uma espécie de seguro para o produtor rural quando a chuva não vem. Os projetos de irrigação bem estruturados também ampliam a produtividade das terras, podendo chegar de duas a três safras na mesma área. Isso colabora para diminuir a abertura de novas áreas e para promover um melhor uso dos recursos hídricos”, afirma Priscila Sleutjes, engenheira agrônoma, produtora rural e diretora da Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem (ABID).

A utilização dos chamados pivôs centrais se torna estratégica para que a irrigação se torne mais sustentável, já que muitos desses equipamentos possuem tecnologias especializadas para a utilização racional da água e para evitar o desperdício. A Lindsay lançou há alguns anos as tecnologias FieldNet e FieldNet Advisor, que oferecem todas as funcionalidades e informações em uma só plataforma. De forma remota, é possível ligar e desligar o sistema, controlar a quantidade de água para cada ângulo do pivô e criar planos ou automações para o funcionamento do equipamento.

“Além disso, é possível integrar ao equipamento os dados da estação meteorológica e das sondas de umidade, que oferecem ainda mais informações relevantes para a irrigação. A junção das duas tecnologias proporciona orientação e informações completas para que o produtor tome as melhores decisões”, afirma Rodrigo Bernardi, especialista de tecnologia da Lindsay, que também reforça a importância da tecnologia para a sustentabilidade.

“Quando falamos de irrigação é preciso lembrar que é preciso sempre colocar a quantidade de água correta para a planta ter um bom desenvolvimento e atingir boas produtividades, já que tanto o momento quanto o excesso ou falta de água são prejudiciais para a lavoura. Com a automatização, o produtor tem as informações traduzidas para tomar as ações corretas e pode evitar falhas. Isso traz economia de água e de energia, tornando o cultivo mais sustentável e trazendo uma redução de custos para o produtor, já que ele pode produzir mais com menos recursos”, destaca o especialista.

Rodrigo cita que a água segue um ciclo, em que ela é utilizada na irrigação, passa pelo processo de evatotranspiração e volta para o lençol freático. “Apenas de 5 a 10% da água utilizada é absorvida pela planta. Entre 90 e 95% da água segue seu fluxo normal e volta para o sistema. Por isso esse controle dos recursos hídricos é tão importante”, frisa ele.

Os especialistas destacam que a venda de um projeto de irrigação funciona de maneira diferente a uma máquina ou implemento, uma vez que é preciso considerar diversos aspectos e é preciso customizar um projeto para cada cliente.

“Eles levam em consideração o tipo de cultura, topografia, solo, condições climáticas, disponibilidade de energia e outorgas para o uso de água, questões de infraestrutura, tempo de maturação do projeto, capital investido, acesso ao crédito, entre muitos outros fatores. Por isso, existe um trabalho de aproximação e de conscientização dos produtores sobre a importância desse investimento. Buscamos mostrar a eles que um bom projeto, com a ajuda de especialistas qualificados, pode trazer grandes benefícios para o produtor”, afirma Cristiano Trevizam, diretor comercial da Lindsay.

Segundo ele, os investimentos feitos em um projeto de irrigação podem ser recuperados, em média, em três anos. O executivo ainda explica que a utilização da irrigação ainda traz uma valorização ao próprio preço da terra para o produtor, sendo mais produtivo investir em irrigação do que comprar novas terras.

Cristiano ainda ressalta a importância para o desenvolvimento da economia local. “Com uma produção rural mais eficiente, a irrigação contribui para o desenvolvimento econômico e social de diversas regiões, gerando trabalho e renda para populações locais em áreas distantes dos grandes centros”, ressalta ele.

Sobre a Lindsay

A Lindsay completa, em 2025, 70 anos de história e é líder global em tecnologia na irrigação com mais de 240 mil dispositivos conectados globalmente. A empresa tem sede em 11 países, mas atua no mundo inteiro. No Brasil, a empresa atua desde 2002 a partir da compra da Carborundum, e possui uma fábrica e um escritório no estado de São Paulo, além de revendedores de marcas próprias com alcance em todos os estados do país. Hoje, está entre as líderes do segmento no país.

Site Oficial: https://www.lindsay.com/lam/pt

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