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- Por Simone Horvatin (MtB 0092611/SP), Redação Ambiental Mercantil Notícias
Imagem: Divulgação | Patricia de Araújo, biomédica especialista na gestão de resíduos sólidos, participou de podcast e deu dicas de como descartar corretamente os resíduos
Agosto de 2025 – Em um cenário onde a sustentabilidade se torna cada vez mais urgente, o podcast ADAPOD, comandado por Ada Suzy, trouxe uma voz técnica e essencial para o debate: a biomédica Patricia de Araújo. Especialista em gestão de resíduos e gestão ambiental, a convidada ofereceu uma análise aprofundada que vai muito além das noções básicas de “lixo”, mergulhando na ciência e na regulamentação que moldam o descarte correto.
Patricia iniciou sua explanação com uma distinção fundamental: a preferência pelo termo “resíduo” em vez de “lixo”. Enquanto o senso comum vê o lixo como algo sem valor, a abordagem técnica de “resíduo” reconhece seu potencial de reaproveitamento e reciclagem.
A especialista detalhou a classificação dos resíduos em cinco grupos (de A a E), uma categorização padronizada que organiza os materiais com base em seus riscos e características:
- Grupo A (Infectante/Biológico): Resíduos que podem causar contaminação, como algodão com sangue ou materiais de laboratório. O descarte requer protocolos de biossegurança específicos.
- Grupo B (Químico): Substâncias que podem ser tóxicas ou corrosivas, como produtos de limpeza, tintas e medicamentos vencidos. A gestão desses materiais é regida por normas de segurança química.
- Grupo C (Radioativo): Materiais que emitem radiação, provenientes de exames de medicina nuclear. Exigem manejo e armazenamento especializados para mitigar a exposição.
- Grupo D (Comum/Reciclável): Materiais como papel, plástico, vidro e metais. Sua segregação na origem é fundamental para o processo de reciclagem.
- Grupo E (Perfurocortantes): Objetos que podem causar ferimentos, como agulhas e lâminas. Seu descarte em recipientes rígidos é vital para a segurança dos coletores.
A conexão com a saúde pública
Durante a entrevista, Patricia de Araújo destacou que a gestão de resíduos é, na sua essência, uma questão de saúde pública. Ao detalhar o descarte de resíduos infectantes, regulamentados pela ANVISA, ela ressaltou que a negligência em um único item pode expor a população e, principalmente, os trabalhadores da coleta a sérios riscos de contaminação. A biomédica e especialista em gestão de resíduos, Patricia de Araújo, compartilhou dicas importantes sobre o descarte de resíduos perfurocortantes, como agulhas e seringas.
Esses materiais exigem uma atenção especial, pois podem causar acidentes e transmitir doenças. Por isso, as principais orientações são:
- Embalagem correta: Nunca descarte esses objetos soltos no lixo comum. Eles devem ser colocados em recipientes rígidos e resistentes a perfurações, como caixas de papelão grosso, garrafas PET ou embalagens de produtos de limpeza vazias.
- Identificação: O recipiente deve ser claramente identificado com a palavra “PERFUROCORTANTE” para alertar quem for manuseá-lo.
- Destino final: O descarte de perfurocortantes deve ser feito em pontos de coleta específicos, como postos de saúde, farmácias ou centros de coleta municipais. Assim, o material é recolhido por empresas especializadas, garantindo que o tratamento seja feito de forma segura e adequada, protegendo o meio ambiente e a saúde dos trabalhadores da limpeza urbana.
Do conhecimento à ação
A biomédica não se limitou à teoria. Ela ofereceu dicas práticas para o cotidiano, como a lavagem de embalagens de alimentos para evitar mau cheiro e o descarte de medicamentos vencidos em farmácias. Sua abordagem evidenciou que a responsabilidade não é exclusiva do poder público ou das grandes empresas; ela começa com a conscientização individual.
A entrevista reforçou que a consciência sobre o descarte ajuda a fazer escolhas que protegem a saúde, o meio ambiente e o futuro. Assista o episódio do ADAPOD com Patricia de Araújo para se aprofundar no tema e, com isso, se tornar um agente de mudança.
Assista entrevista na íntegra no canal ADAPOD
Sobre a especialista

Patricia de Araújo é biomédica com especialização em gestão de resíduos e gestão e tecnologias ambientais. Sua atuação foca na conscientização e educação sobre o descarte correto, buscando aliar o conhecimento científico a práticas acessíveis para a população. Perfil no LinkedIn | Perfil no Instagram