Imagem: Divulgação
Setembro de 2025 – A Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) firmou uma parceria com a Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (ANCAT) para a realização de um mapeamento inédito sobre a realidade socioeconômica e operacional dos catadores autônomos no centro da capital paulista.
O estudo vai detalhar rotinas, trajetos, renda média e desafios enfrentados por esses trabalhadores, que têm papel essencial na economia circular e na sustentabilidade urbana. Além da coleta e sistematização de dados, a iniciativa prevê a elaboração de uma proposta técnica e operacional, com cenários de investimento, recomendações práticas e estratégias para ampliar a renda dos catadores e fortalecer a reciclagem urbana.
O Brasil é hoje referência mundial em reciclagem de alumínio: em 2024, 57% do consumo nacional do metal teve origem em alumínio reciclado – índice quase duas vezes superior à média global e sustentado, em grande parte, pela coleta urbana. Um exemplo emblemático desse desempenho é o das latas para bebidas, cujo índice de reciclagem atingiu 97,3% no mesmo ano, consolidando o país como líder mundial nesse segmento.
Apesar do protagonismo e liderança, a cadeia da reciclagem ainda enfrenta obstáculos importantes, principalmente relacionados à informalidade do setor, que limita o acesso a informações precisas para apoiar políticas públicas de incentivo. Entre os principais desafios estão a criação de instrumentos de rastreabilidade, mecanismos de acesso a financiamento para modernização do maquinário, aumento da eficiência logística e ganhos de produção em escala. Avançar nessas frentes é fundamental para assegurar maior capitalização dos catadores, permitir que os benefícios da reciclagem sejam mais bem distribuídos ao longo da cadeia e transformar uma vantagem competitiva já consolidada em vantagem comercial para a indústria de transformação brasileira.
Para a presidente-executiva da ABAL, Janaina Donas, o mapeamento simboliza a convergência de esforços entre a indústria recicladora de alumínio e os catadores em torno de uma agenda nacional de reciclagem, inclusão social e sustentabilidade. “A sucata é um insumo estratégico para o setor, pois viabiliza a produção de alumínio de baixo carbono e fortalece o protagonismo do país na transição sustentável. Mas é essencial também valorizar e fortalecer as empresas comprometidas com investimentos em agregação de valor e na transformação em território nacional, com produtos inovadores e competitivos no cenário global. Dessa forma, consolidamos o alumínio como vetor de desenvolvimento sustentável e de competitividade internacional”, afirma.
“Este é um momento importante de diálogo com o setor de alumínio, tratando um termo de cooperação técnica, com o objetivo de mapear os catadores da cidade de São Paulo. Este tipo de acordo e cooperação possibilita avançarmos nos processos de organização desses trabalhadores. Um acordo fundamental e significativo para toda a categoria. Um momento importante entre os setores, além de debatermos políticas públicas essenciais e objetivas para os catadores de materiais recicláveis”, destaca Roberto Rocha, presidente da ANCAT.
Sobre a ABAL
Fundada em maio de 1970, a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) representa todos os elos da cadeia produtiva do metal, da mineração de bauxita às aplicações do alumínio, incluindo a sua reciclagem. Entre outras atividades, produz e divulga as estatísticas do setor, auxilia na elaboração e na aplicação de normas técnicas, gera e difunde conhecimento sobre o alumínio, incentiva seu uso, além de contribuir com a capacitação profissional do setor. A ABAL trabalha por uma indústria do alumínio cada vez mais competitiva, inovadora, sustentável e integrada.
Site Oficial: https://abal.org.br
Imprensa
Temas Relacionados