Imagem: Divulgação/Way2 – Centro de Operação da Medição
- Iniciativa da Way2, em parceria com o Instituto Totum, diminui de 50 dias para até uma semana o prazo de captação dos dados, garante mais previsibilidade às geradoras de energia e dá aos consumidores a possibilidade de comprovar o consumo renovável com maior granularidade
Setembro de 2022 – Novos recursos de tecnologia têm ajudado as empresas a melhorar as práticas ESG, garantindo mais sustentabilidade aos processos e mais competitividade no mercado.
Uma parceria entre a Way2 e o Instituto Totum lançou uma funcionalidade que antecipa a emissão de I-RECs, os Certificados de Origem Renovável.
As empresas consumidoras têm dado preferência às fontes de energia limpa em compras no mercado livre, o que dá condição para que elas possam utilizar os I-RECs, tornando-se empresas que atingem zero emissões de carbono na atmosfera.
Segundo o Instituto Totum, no ano de 2022 (até final de julho) foram emitidos mais de 17 milhões de certificados deste tipo no Brasil, com previsão de mais do que dobrar o número registrado em 2021 (9 milhões) até o final deste ano.
Antes, o dado coletado no sistema da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) pelo Instituto Totum, entidade que emite e gerencia os certificados no Brasil, demorava cerca de 40 a 50 dias para ser processado.
Agora, a nova funcionalidade possibilita que o Instituto Totum integre diretamente ao sistema de medição da geradora, o que diminui o prazo para cerca de uma semana. Isso garante às empresas geradoras de energia uma melhor previsibilidade e mais flexibilidade na hora de emitir os seus I-RECs.
Funcionalidade ajuda a tangibilizar as iniciativas de sustentabilidade
Segundo o diretor do Instituto Totum, Fernando Giachini Lopes, uma mudança vem ocorrendo nas renovações dos contratos de energia no mercado livre: muitos deles já trazem a necessidade do certificado, ou seja, a área de compra de energia já tem incorporado o conceito de sustentabilidade.
As empresas que aguardam o final do ano para comprar os seus I-RECs são aquelas onde o processo de compra de energia está dissociado da questão ESG.
“Por exemplo, a empresa compra energia, como sempre, e no final do ano alguém da área de sustentabilidade fala: ‘precisamos dar a garantia de origem’. Para esse tipo de cliente a necessidade do certificado com uma frequência maior não é tão importante, mas estamos vendo uma mudança nisso”.
Algumas empresas têm exigido mais granularidade de informação. “Por exemplo: uma empresa que consome 1 mil megawatt hora (MWh) por mês estará em conformidade com todos os protocolos se aguardar o final do ano e comprar 12 mil I-RECs gerados no ano por algum gerador de energia, sem especificar o mês. Porém, as empresas com um nível de maturidade um pouco maior pedem uma granularidade maior. Ao invés de comprar 12 mil I-RECs de qualquer mês do ano anterior, elas querem parear o consumo mensal, comprando 1 mil I-RECs por mês”. Nesse sentido, a atualização lançada ajuda as organizações vendedoras de I-RECs a fazer esse pareamento.
Para o gestor de Produtos da Way2, Frederico Perillo, a nova funcionalidade ajuda a tangibilizar as iniciativas de sustentabilidade das empresas consumidoras.
“Um dos problemas que observamos em algumas empresas é aquele famoso ESG pra inglês ver, que fica no papel. O que estamos fazendo é justamente tangibilizando mais essas iniciativas, trazendo mais próximas do tempo real para que o cliente final consiga ver o que ele de fato está consumindo”.
A iniciativa partiu da Way2 para enriquecer a Plataforma Integrada de Medição (PIM), produto que já está há alguns anos no mercado de geração.
“Temos um produto associado à medição já com bastante solidez no mercado, mas buscamos iniciativas que trazem melhorias e entregam valor aos nossos clientes”.
A Way2 está presente, atualmente, em mais de 1.500 grandes consumidores de média ou alta tensão, além de atender 70% da capacidade instalada de geração no país.
Visão de futuro
A funcionalidade deve atender a demandas de detalhamento ainda maiores, que devem partir das empresas no futuro.
“Nós já estamos preparados para o próximo passo, o I-REC horário, dado que algumas organizações estão pedindo um nível de granularidade maior. Por exemplo, uma indústria que opera em três turnos, tem um contrato de compra de energia com um parque fotovoltaico, e esse parque é capaz de suprir o total de energia dessa indústria, só que não é capaz de suprir 24 horas por dia, então alguns consumidores de energia já estão solicitando o pareamento da sua energia em termos horários. Nossa API capta os dados de medição também com a granularidade horária, se necessário. Então, por meio dessa tecnologia, estamos preparados para suprir essa demanda de I-RECs horários, por meio da parceria do Totum e Way2, possivelmente ainda em 2022″, conta Fernando.
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