Sol e Energias #11: “Panorama da Geração Distribuída no Brasil“

Imagem: Divulgação #11 | Daniel Lima é Presidente da ANESOLAR – Associação Nordestina de Energia Solar e escreve periodicamente sua coluna “Sol e Energias: Daniel Lima discute sobre Políticas Públicas, Eficiência Energética e Geração Distribuída”

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Dezembro de 2023 – A Geração Distribuída – GD, superou os 25 GW de potência instalada, com aproximadamente 2,2 milhões de usinas implantadas em praticamente todos os municípios do país. São mais de 3,2 milhões de lares e empresas beneficiadas com a GD, sendo que, deste total, 2,2 milhões são unidades consumidoras residenciais que reduzem o peso da conta de energia na renda familiar para mais de 4% da população brasileira.

A Geração Distribuída – GD representa 70% do total de investimentos da fonte solar que totalizaram, até o presente, R$ 112 bilhões distribuídos por todo território nacional.

Vale destacar os 750 mil novos postos de trabalhos espalhados por todo o Brasil gerados pela GD, que foi um dos segmentos que mais geraram empregos nos últimos anos.

• No ranking estadual, os estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso ocupam as 5 primeiras posições; e, os estados de Roraima, Amapá, Acre, Amazonas e Sergipe ocupam as últimas posições.

• Em termos regionais a região Sudeste lidera o ranking com mais de 33% da potência instalada, seguida pelas regiões Sul (25%), Nordeste (20%), Centro-oeste (15%) e Norte (7%).
  
• Em 17 estados a potência implantada de GD é diretamente proporcional a sua população; em 6 estados a baixa renda da população influencia negativamente na potência implantada de GD; e, no Amazonas e no Rio de Janeiro, outros fatores estão influenciando para menos a potência implantada de GD.

Esses estados, por coincidência, são os que têm as maiores perdas não-técnicas do Sistema Integrado Nacional – SIN.

Em 2 estados a potência implantada de GD supera o critério populacional e em 1 o de renda. O Mato Grosso e o Mato Grosso do Sul parecem ser um caso a parte. Acredito que deve ser pelo mercado solar que é muito bem servido nesses estados. A GD contribuiu com a arrecadação de aproximadamente R$ 34 bilhões em tributos e conseguiu evitar a emissão de mais de 30 milhões de toneladas de CO_² na atmosfera, sendo a fonte solar uma das mais efetivas ferramentas de combate ao aquecimento global. A GD junto com a geração solar centralizada responde por aproximadamente 16% da potência instalada da Matriz Elétrica Brasileira, sendo a 2ª fonte em potência e a 4ª em geração de energia.

Os números deveriam despertar no governo e principalmente nos que fazem o setor elétrico muito orgulho e, principalmente, vontade de fazer a Geração Distribuída crescer como um setor estratégico de distribuição, aumento de renda e desenvolvimento sustentável.

Sobre o colunista

Daniel Lima é economista pela Universidade Federal de Alagoas, Presidente da ANERSOLAR – Associação Nordestina de Energia Solar e Diretor Comercial da RDSOL Rede de Negócios em Energia Solar, empresa de fomento e investimento em ativos de energia limpa, criando negócios atrativos e sustentáveis, estabelecendo conexão com diversos atores, para por em prática as soluções mais inteligentes e eficientes em geração de energia.
Perfil no Linkedin | Site oficial: https://rdsol.pro.br

Através da sua observação pessoal, Daniel Lima escreve periodicamente sobre o que acontece nos setores de Energias, Energias Renováveis e Geração Distribuída. Todas as publicações do Daniel Lima podem ser acessadas diretamente no link abaixo:

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Crédito:
AMBIENTAL MERCANTIL ENERGIAS | Por Daniel Lima, colunista e colaborador