Sol e Energias #10: “Armazenamento de energia – o estado da arte da transição energética“

Imagem: Divulgação #10 | Daniel Lima é Presidente da ANNESOLAR – Associação Norte e Nordeste de Energia Solar escreve periodicamente sua coluna “Sol e Energias: Daniel Lima discute sobre Políticas Públicas, Eficiência Energética e Geração Distribuída”

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Novembro de 2023 – A expectativa é que a implementação de soluções para armazenamento de energia experimente um crescimento significativo na próxima década. Conforme indicado em um relatório da BloombergNEF, projeta-se que o Brasil alcance 11 GW de capacidade instalada de armazenamento de energia até 2050.

Os Sistemas de Armazenamento de Energia (SAE) abordam a questão da simultaneidade entre a geração e o consumo, possibilitando a modulação dos recursos e a gestão eficiente da oferta e demanda de energia.

Isso contribui para equilibrar o sistema elétrico, tornando-o mais seguro e confiável.

Com o aumento da geração de energia por fontes renováveis intermitentes, como eólica e solar fotovoltaica, e o crescimento exponencial da geração distribuída, torna-se crucial o uso de SAE para modular os recursos e otimizar a utilização da rede elétrica. Isso reduz a necessidade de expansão da infraestrutura de transmissão e distribuição.

Os SAE oferecem eficiência, autonomia e independência energética, elementos essenciais para a transição energética no Brasil. Eles ajudam a mitigar o risco de interrupção da rede, aumentando a segurança do sistema energético e proporcionando equilíbrio diante do aumento do uso de fontes renováveis intermitentes.

No entanto, alguns desafios precisam ser superados, como viabilizar os SAE diante dos custos de implementação, estabelecer um quadro regulatório abrangente e garantir fontes de financiamento. Vale ressaltar que os SAE têm a capacidade de absorver picos de energia, suavizando tanto os picos de geração quanto os de carga.

A redução potencial da quantidade de capacidade a ser contratada para esses ativos pode influenciar diretamente na otimização da rede, redução de ociosidade e possível inclusão de mais geração para uma mesma margem de escoamento, postergando gargalos de capacidade de transmissão.

Os SAE podem ser conectados à rede de maneira autônoma, prestando serviços de injeção e absorção de potência ao longo do tempo. Além disso, eles têm a capacidade de maximizar seu valor ao fornecer diversos serviços em um determinado período, utilizando o conceito de empilhamento de receita, o que pode tornar os projetos de armazenamento de energia mais lucrativos.

Sobre o colunista

Daniel Lima é economista pela Universidade Federal de Alagoas, Presidente da ANERSOLAR – Associação Nordestina de Energia Solar e Diretor Comercial da RDSOL Rede de Negócios em Energia Solar, empresa de fomento e investimento em ativos de energia limpa, criando negócios atrativos e sustentáveis, estabelecendo conexão com diversos atores, para por em prática as soluções mais inteligentes e eficientes em geração de energia.
Perfil no Linkedin | Site oficial: https://rdsol.pro.br

Através da sua observação pessoal, Daniel Lima escreve periodicamente sobre o que acontece nos setores de Energias, Energias Renováveis e Geração Distribuída. Todas as publicações do Daniel Lima podem ser acessadas diretamente no link abaixo:

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Crédito:
AMBIENTAL MERCANTIL ENERGIAS | Por Daniel Lima, colunista e colaborador