Descarbonização: onde investir e a oportunidade de reindustrializar o Brasil

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Desde 2013, Mirror&Co ajuda líderes e suas organizações a endereçarem seus desafios mais complexos.
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Imagem: Divulgação | País reúne condições de criar novos negócios descarbonizáveis

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Março de 2024 – Descarbonizar vai muito além de inventariar emissões, substituir recursos poluentes e adotar energias renováveis. O compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) representa mais oportunidades de negócios do que penalidade e risco a empresas e investidores, afirma Fernando Fabbris, associado e líder da prática de mudança climática e sustentabilidade na Mirow & Co.

A descarbonização representa novas avenidas de investimentos e pode levar o Brasil a uma neoindustrialização.

O país ampliou a meta de redução de GEEs de 37% para 48%, até 2025, e de 50% para 53% até 2030, além de zerar o desmatamento na Amazônia até o fim da década.

“É comum a discussão sobre descarbonização remeter à ideia de redução ou até extinção de algumas atividades econômicas. Descarbonização e industrialização são palavras que sugerem antagonismo, mas a verdade é que elas podem ser aliadas e compor uma mesma solução, considerando a disponibilidade de recursos que tornam o Brasil um local privilegiado em potencial verde”, declara o consultor.

Restauração florestal, recuperação de pastos, biocombustíveis e o chamado powershoring são novas frentes de negócios que mitigam as emissões das atividades econômicas que mais liberam GEEs no país e ainda podem atrair indústrias globais em busca de uma localização que permita menor impacto ambiental às suas produções.

Metade das emissões no país é proveniente do desmatamento de terras para usos diversos, enquanto um quarto é relacionado à agropecuária; 18% ao gasto energético (incluindo transportes); 4% provocados pela indústria, que tem se retraído nos últimos anos; e 3% ao descarte de resíduos sólidos.

Os projetos de restauração florestal em larga escala já começam a mobilizar investimentos em ações privadas e em parcerias com governos estaduais. Destinam-se principalmente à recuperação da Amazônia, em que o desmatamento é pulverizado e ligado à pecuária intensiva e à expectativa de legalização fundiária.

“A restauração florestal será um grande negócio, com expectativa de atingir um pico em 2030”, diz Fabbris.

A recuperação de solos degradados também está no foco dos negócios. No final da COP28, o governo brasileiro anunciou pacote de US$120 bilhões para recuperar 40 milhões de hectares de pastagens, sobretudo no Centro-Oeste e Sudeste. Ao longo de dez anos, o montante vai financiar correção do solo, maquinário e capacitação técnica para pecuária e agricultura regenerativas, por meio de sistemas agroflorestais, para tornar produtivas áreas hoje abandonadas. O objetivo é dobrar a produção de alimentos sem anexar novas áreas.

A recuperação de solos degradados também está no foco dos negócios. No final da COP28, o governo brasileiro anunciou pacote de US$120 bilhões para recuperar 40 milhões de hectares de pastagens, sobretudo no Centro-Oeste e Sudeste. Ao longo de dez anos, o montante vai financiar correção do solo, maquinário e capacitação técnica para pecuária e agricultura regenerativas, por meio de sistemas agroflorestais, para tornar produtivas áreas hoje abandonadas. O objetivo é dobrar a produção de alimentos sem anexar novas áreas.

“Há potencial para que os produtores agrícolas virem até carbono negativo”, avalia Fabbris.

Adicionalmente, o mercado de crédito de carbono, outro segmento em potencial, pode favorecer a preservação florestal junto a produtores agrícolas dessas regiões.

O mercado de energias renováveis é a terceira frente de investimentos e, contrariando o senso comum, pode representar a reindustrialização do país, mas com baixa pegada de carbono. Se nas últimas décadas a indústria mundial concentrou sua produção na Ásia em função de mão-de-obra barata, dessa vez, a redução de GEEs pode mudar esse desenho. Indústrias como as do aço, do cimento e de fertilizantes, por exemplo, podem se tornar verdes, a partir do abastecimento de energias limpas no Brasil.

“A disponibilidade de energias renováveis pode atrair empresas para o Brasil, no chamado powershoring, movimento global de alocação de investimentos em busca de uma produção mais limpa”, comenta.

Hidrogênio verde, e-metanol, biocombustíveis, SAF (combustível sustentável de aviação) e energias solar e eólica seriam os grandes chamarizes.

“Setores muito emissores, como o de transporte marítimo, podem se beneficiar dessa localização”, destaca o especialista.

Os novos negócios em descarbonização, assim, não serviriam apenas ao mercado brasileiro, mas sobretudo ao global.

“Tão importante quanto a jornada net zero nas empresas e a descarbonização das operações, há o desenvolvimento de soluções verdes que coloquem o país em posição de liderança na nova economia, gerando emprego, renda e bem-estar à população”, diz Fabbris.

Sobre a Mirow & Co.

A Mirow é uma consultoria estratégica dedicada a ajudar seus clientes a enfrentar seus desafios mais complexos. Ao longo dos últimos 10 anos, atendeu a mais de 50 grandes empresas brasileiras e multinacionais em centenas de projetos, abrangendo setores como Energia, Infraestrutura, Automotivo, Celulose e Papel, entre outros. A firma possui uma equipe composta por mais de 40 consultores e 7 sócios, com escritórios em São Paulo e Rio de Janeiro, além de uma extensa rede de parceiros globais em diversos países. A abordagem da Mirow combina metodologias inovadoras, alto rigor analítico e forte capacidade de implementação, oferecendo uma experiência excepcional para seus clientes

Site oficial: https://mirow.com.br

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