OPINIÃO DE ESPECIALISTA – “O mercado de carbono em 2024: O que esperar do ano que promete ser o mais quente da história”

softelec
Diego Serrano, COO e Diretor de ARR da brCarbon
Diego Serrano, COO e Diretor de ARR da brCarbon

Imagem: Divulgação | Por Diego Serrano, COO e Diretor de ARR da brCarbon, para o editorial OPINIÃO DE ESPECIALISTA

Publicidade
Publicidade
Equipamentos - STADLER GmbH

Fevereiro de 2024 – Não dá pra falar sobre a importância das Soluções Baseadas na Natureza, como os projetos de carbono, sem avaliar as consequências das mudanças que o planeta vem sofrendo. O ano de 2023 foi, de longe, o ano mais quente da história conforme divulgado no relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM).

Chegamos ao marco de 1,45°C acima dos níveis pré-industriais, o que é muito próximo do limite de 1,5°C estabelecido no Acordo de Paris.

E a expectativa para 2024 é que a temperatura suba ainda mais, isso porque o mundo vem sofrendo com o fenômeno meteorológico do El Niño combinado com um planeta e oceanos mais quentes. Essas mudanças climáticas não afetam somente a sensação térmica da população, mas é também responsável por temporais e má distribuição de chuvas na Terra, causando secas e inundações em diversas partes do globo e inúmeros prejuízos.

Durante a COP28, em 2023, o mercado de carbono foi amplamente discutido por ser uma das Soluções Baseadas na Natureza para combater as mudanças climáticas. Apesar de alguns desafios que o mercado de carbono enfrentou em 2023 – aqui posso citar a queda no valor dos créditos devido a fatores externos, como as guerras da Ucrânia e Gaza, e uma desconfiança gerada por algumas narrativas – mudanças positivas ocorreram e trazem boas perspectivas para o ano de 2024.

Um exemplo é a aprimoração da metodologia de verificação dos créditos pelo órgão responsável, que está mais robusta e passou a inibir projetos não consistentes e condizentes com a seriedade exigida pelo mercado, fortalecendo a credibilidade de empresas sérias.

Uma tendência que já se apresentava em 2023, e acredito que ficará ainda mais evidente em 2024, é a procura por créditos gerados por meio de projetos de reflorestamento. Esses créditos, além de mais valorizados pelo mercado, ainda são responsáveis pela regeneração de biomas importantes como o Cerrado, onde há nascentes que abastecem seis das oito grandes bacias hidrográficas do Brasil e corredores de chuva formados, tão importantes para a atividade rural.

Apesar de 2024 ser um ano climaticamente desafiador, e também por isso, ele acaba sendo um ano de grandes oportunidades para o mercado de carbono que oferece uma solução sólida tanto para quem busca compensar suas emissões de carbono quanto para o proprietário rural que lucra com a conservação e regeneração da floresta.

Sobre o autor

Diego Serrano, COO e Diretor de ARR da brCarbon
Diego Serrano, COO e Diretor de ARR da brCarbon

Diego Serrano é o COO (Chief Operating Officer) e Diretor de ARR (Annual Recurring Revenue) da brCarbon. Ele também é o Líder do Programa de Aceleração da Restauração na empresa e está envolvido em projetos e iniciativas relacionados à brCarbon, contribuindo para o desenvolvimento e implementação de estratégias de negócios e crescimento da empresa. Siga seu perfil no LinkedIn.

Site oficial: https://brcarbon.com.br/arr/

Imprensa

Informamos que os conteúdos publicados para seção Opinião de Especialistas AMBIENTAL MERCANTIL NOTÍCIAS são independentes e de responsabilidade dos autores, não refletindo, necessariamente, na opinião da redação do nosso canal.

Temas Relacionados

ANUNCIE COM A AMBIENTAL MERCANTIL
AMBIENTAL MERCANTIL | ANUNCIE NO CANAL MAIS AMBIENTAL DO BRASIL
Sobre Ambiental Mercantil Notícias 5046 Artigos
AMBIENTAL MERCANTIL é sobre ESG, Sustentabilidade, Economia Circular, Resíduos, Reciclagem, Saneamento, Energias e muito mais!