No Dia da Biodiversidade, conheça a iniciativa que protege mais de 60 espécies arbóreas e a fauna na Floresta Amazônica

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Foto: Pexels | Floresta Amazônica
Foto: Pexels | Floresta Amazônica

Imagem: Divulgação | Estudo liderado pela Zabotto Consultoria Ambiental e pela UNESP, em parceria com a Greener, identifica espécies ameaçadas e destaca como os projetos de pagamento por serviços ambientais podem proteger esse bioma

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Maio de 2024 – Nos últimos anos, a importância dos serviços socioambientais fornecidos pelos ecossistemas amazônicos tem ganhado reconhecimento em níveis regional, nacional e global. A vasta biomassa vegetal das florestas tropicais equatoriais desempenha um papel fundamental no armazenamento e sequestro de grandes quantidades de carbono, elemento essencial na regulação climática e na mitigação do efeito estufa.

Com uma das maiores biodiversidades do mundo, a Amazônia abriga uma infinidade de espécies vegetais, animais e microrganismos, muitas delas ainda desconhecidas pela ciência.

Com a missão de preservar esse ecossistema, diversas iniciativas socioambientais trabalham em prol da defesa da floresta em pé, demonstrando que os recursos podem ser utilizados de forma sustentável. Um exemplo é o projeto Fazenda Floresta Amazônica, localizado no sudeste do Amazonas, que abrange uma área de aproximadamente 146 mil hectares e desempenha um papel relevante na preservação da Amazônia.

Desde 2022, a Zabotto Consultoria Ambiental, em parceria com a UNESP e a Greener, uma climatech especializada em soluções globais de sustentabilidade, tem atuado na região por meio de um projeto ambiental com o objetivo de manter o estoque de carbono florestal. Recentemente, os especialistas realizaram um estudo que identificou as espécies da flora em situação de vulnerabilidade, ameaçadas ou em risco de extinção. Segundo o levantamento, há mais de 60 espécies arbóreas distribuídas em 25 famílias botânicas, incluindo 6 espécies de palmeiras.

“A biodiversidade na Fazenda Floresta Amazônica é impressionante, com mais de 60 espécies arbóreas e uma fauna silvestre diversificada e exuberante. Além disso, a área possui um importante estoque de carbono, com mais de 1.100 toneladas estocadas por hectare, tanto no solo quanto na biomassa vegetal,” comenta Alessandro Zabotto, CEO da Zabotto Consultoria Ambiental e líder do estudo.

De acordo com o estudo, foram identificadas espécies classificadas como vulneráveis, como a Itaúba (Mezilaurus itauba) e a Ucuúba (Virola surinamensis). Entre as espécies ameaçadas de extinção, destacam-se a castanheira (Bertholletia excelsa) e a garapa (Apuleia leiocarpa). Além disso, várias outras espécies madeireiras de importância comercial estão presentes, como o angelim (Dinizia excelsa) e a muiracatiara (Astronium lecointei).

“Realizamos o inventário florestal na área da Fazenda Floresta Amazônica, onde identificamos as árvores no interior de parcelas previamente estabelecidas. As parcelas são demarcações no interior da área com o intuito de quantificar o carbono presente no solo e na biomassa vegetal. Após a identificação, realizamos uma triagem em listas internacionais, como a da IUCN (do inglês – União Internacional para a Conservação da Natureza) e nacionais (estadual e federal), considerando a área onde o inventário foi feito. Assim, temos informações do grau de ameaça de extinção das espécies, incluindo sua importância comercial, como a castanheira, o açaí e a copaíba,” explica Zabotto.

A iniciativa em Apuí, no estado do Amazonas, envolve monitoramento mensal da vegetação, com acompanhamento via satélite e imagens de drones. Além dos benefícios para a biodiversidade, há impactos sociais significativos, através da educação ambiental para a população e ações para melhorar a infraestrutura das comunidades, tudo isso articulado pela venda dos ativos ambientais.

A Greener fica responsável pela compensação de emissões de carbono e preservação ambiental por meio do Greener Preservation Tokens (GPT), no qual cada token representa a neutralização de uma tonelada de CO2. As transações dos ativos digitais são realizadas por meio da tecnologia blockchain, uma que faz todo o registro de transações. Ainda, a empresa conta com dez níveis de governança e uma metodologia exclusiva desenvolvida pela UNESP, que considera as peculiaridades do solo e da vegetação da floresta amazônica.

“Parte do retorno da venda dos créditos é revertido para a comunidade, proporcionando melhorias na qualidade de vida por meio do financiamento de projetos nas áreas de educação, saúde e infraestrutura. Trata-se de uma comunidade carente, sem muita infraestrutura. Portanto, a nossa atuação é de enorme importância – tanto para a biodiversidade, quanto para as famílias da região,” explica Claudio Olimpio, CEO e cofundador da Greener.

Dessa forma, além de contribuir para a preservação da biodiversidade na floresta amazônica, a climatech e a Zabotto Consultoria Ambiental devem realizar investimentos nas comunidades ribeirinhas no município de Apuí.

“O projeto da Fazenda Floresta Amazônica envolve compromisso de investimento de 5 milhões de reais ao longo dos próximos cinco anos em projetos socioambientais — com a distribuição de 1 milhão de reais anualmente. Esse investimento será direcionado para ações que recebem aprovação em audiências públicas e com a ativa participação da liderança comunitária local”, segundo Olimpio.

Site oficial: https://www.zabottoambiental.com.br

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