Imagem: Divulgação | No Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, ambientalista reforça que políticas ecológicas precisam sair do papel e se transformar em atitudes concretas no setor público e no privado. A entidade plantará 30 mil árvores nativas em Serra Negra (SP).
Junho de 2025 – Com a crise climática impondo desafios cada vez mais urgentes, o debate sobre sustentabilidade precisa ultrapassar o discurso e alcançar a prática cotidiana de instituições públicas e privadas. Para o coordenador de Meio Ambiente da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (AFPESP), Gilberto Natalini, esse é um caminho que exige responsabilidade, planejamento e ação articulada.
Para o especialista, é urgente que instituições públicas e privadas assumam um papel ativo na transição ecológica. “Precisamos refletir sobre o uso dos recursos e o impacto que deixamos. E isso vale tanto para governos quanto para empresas, associações e indivíduos”, destaca.
No contexto do Dia Mundial do Meio Ambiente, Natalini destaca a importância de ampliar a participação do funcionalismo público nessa agenda. “Instituições e servidores públicos têm capilaridade e força estruturante. Ao adotarem práticas sustentáveis, podem influenciar positivamente milhares de pessoas e processos”, defende.
Segundo pesquisa divulgada em 2024 pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS), 94% dos municípios brasileiros não estão suficientemente preparados para a prevenção de tragédias climáticas. Essa reflexão ganha fôlego em um ano-chave para o Brasil, que sediará a COP 30 em Belém (PA). Será a primeira vez que a Conferência do Clima da ONU acontecerá na Amazônia brasileira, região estratégica para o equilíbrio ambiental global. A expectativa é de que o evento reforce o protagonismo do País nas negociações internacionais e pressione setores internos a avançarem em práticas concretas de mitigação e adaptação climática.
Como exemplo de avanço possível, Natalini destaca o trabalho que tem acompanhado na AFPESP. “Estamos estruturando uma política ambiental própria e promovendo uma série de ações voltadas à preservação e à educação ambiental, tanto para os servidores públicos quanto para a sociedade”, explica. Dentre as iniciativas em andamento, está o Projeto Raízes do Futuro, que prevê o plantio de 30 mil árvores nativas na Unidade de Lazer AFPESP Serra Negra, contribuindo para a recuperação ecológica e a proteção da biodiversidade local.
Artur Marques, presidente da AFPESP, afirma que a associação tem o objetivo de reflorestar uma área interna de aproximadamente 17,7 hectares, o que tende a beneficiar diretamente o ecossistema da região. “Recuperar áreas verdes é mais do que um gesto simbólico, é uma necessidade ambiental. As árvores têm um papel decisivo no equilíbrio do clima, no ciclo da água e na manutenção da vida. Alinhadas a outras iniciativas, essas ações mostram que é possível construir uma cultura de responsabilidade ambiental mesmo em estruturas que historicamente não nasceram com esse propósito”, conclui.
Site Oficial: https://www.afpesp.org.br
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