Imagem: Divulgação | AYA Earth Partners e Prefeitura de Belém promovem evento em São Paulo para mobilizar apoio à conferência do clima COP30 e transformar a capital paraense em símbolo global de desenvolvimento sustentável.
Junho de 2025 – Com o compromisso de conectar propósitos e acelerar soluções de impacto para o planeta, a AYA Earth Partners sediou, em parceria com a Prefeitura de Belém, o ‘Roadshow Belém COP30’ — um passo importante na preparação da cidade para receber a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, em novembro.
A iniciativa teve como foco promover articulações concretas para que a cúpula global deixe um legado duradouro para a Amazônia, criando pontes para colaborações efetivas para tornar a capital paraense em exemplo de transformação climática com justiça social. O encontro reuniu Igor Normando, prefeito de Belém; André Godinho, secretário executivo da COP30; Rubens Magno, diretor-superintendente do Sebrae/PA; Ricardo Assumpção, CSO da EY Brasil; Xenia Wickett, diretora da Sustainable Markets Initiative; e Patricia Ellen, sócia-fundadora da AYA Earth Partners.
“A COP30 é sobre pessoas, não apenas sobre clima”, diz prefeito. O prefeito de Belém, Igor Normando, lembrou que não é possível trabalhar em uma pauta ambiental sem pensar nas comunidades. “A COP traz uma discussão extremamente importante sobre o clima, mas para nós, trata-se de uma discussão sobre pessoas. Por trás da floresta em pé, há comunidades, trabalhadores, empreendedores, crianças, jovens que precisam ter suas vidas transformadas”, declarou. “Não adianta só falar que a Amazônia é um patrimônio mundial se a gente não cuidar do bem que é tão precioso quanto que são os Amazonidas.”
Segundo ele, a realização da conferência renovou o sentimento de que é possível construir uma cidade melhor a partir de protagonismo daqueles que vivem na Amazônia. “O que pedimos é que cada um traga para Belém sua experiência, seu conhecimento, sua vontade de fazer diferente. Belém será a capital do mundo durante a COP30. E queremos mostrar que é possível transformar a realidade a partir da Amazônia, com justiça social, inclusão e desenvolvimento sustentável.”
Patricia Ellen, sócia-fundadora da AYA Earth Partners, reforçou a urgência do momento e o papel do país na construção de uma nova narrativa global. “Lidar com a crise climática e assumir que a revolução verde e ancestral tem um espaço de protagonismo do Brasil é a única forma de criar oportunidade, emprego, renda e empreendedorismo para a população. E não tem lugar melhor no mundo do que o Pará — não tem cidade melhor do que Belém — para fazer isso acontecer. A COP30 é a COP das oportunidades. E o legado real é esse: comida na mesa, dinheiro no bolso e uma nova perspectiva de futuro para quem vive na Amazônia.“
“O roadshow mostrou parte dimensão real da COP30, com projetos estruturantes em andamento na capital paraense, que vão de grandes obras — como o novo Centro de Convenções, a revitalização do Porto Futuro e o Parque da Cidade — até intervenções que impactam diretamente o cotidiano da população, como a urbanização de mais de 300 ruas em bairros periféricos, macrodrenagem de canais históricos da cidade e melhorias na mobilidade urbana, como a renovação de 30% da frota de ônibus da cidade, com veículos equipados com ar-condicionado, acessibilidade e wi-fi.”
“Não se trata de organizar duas semanas de evento. A COP30 é um ponto de partida para um novo ciclo de desenvolvimento justo e sustentável. E Belém é o laboratório vivo onde o Brasil pode mostrar que isso é possível”, disse André Godinho, secretário executivo da COP30. Empreendedorismo e transformação social.
Com 90% das empresas ativas no Pará sendo micro e pequenos negócios, o Sebrae/PA tem sido um dos principais agentes de mobilização local. Rubens Magno apresentou dados impactantes: mais de 53 mil empreendedores foram capacitados especialmente para atender à demanda que a COP30 trará, com foco em hospitalidade, gastronomia, serviços e economia verde.
“Belém tinha 750 anfitriões cadastrados no Airbnb. Hoje são mais de 7 mil. O turismo é uma vocação real da cidade e é uma forma democrática de distribuir renda. Nosso objetivo é que os pequenos negócios saiam fortalecidos, com um novo patamar de qualidade e visibilidade”, afirmou Magno. Ele também destacou que o turismo pode ser, como em outras cidades do Brasil e do mundo, uma força transformadora: “Belém pode se tornar um novo polo de turismo internacional — seja de eventos, gastronômico, religioso ou ecológico”.
Iniciativa privada como aliada estratégica
O evento também marcou um chamado claro à iniciativa privada. Para Ricardo Assumpção, da EY Brasil, o momento é de integração definitiva entre sustentabilidade e estratégia empresarial. “A agenda climática saiu do departamento de reputação e chegou à mesa dos CEOs e CFOs. Hoje, sustentabilidade é um componente crítico da estratégia de negócio, não apenas um selo de imagem.”
Em sua avaliação, o maior desafio é a fragmentação: muitas organizações ainda desenvolvem iniciativas isoladas, sem conexão com uma visão sistêmica de futuro. “Falta coordenação. Setores inteiros estão pensando em soluções semelhantes, ao mesmo tempo, sem conversar entre si. Essa desarticulação aumenta em até 40% o custo das ações climáticas. Precisamos unir forças para ganhar escala e eficiência”, analisou o consultor.
Amazônia no centro da economia do futuro
Do ponto de vista internacional, a mensagem foi clara: o mundo observa o Brasil. Xenia Wickett, diretora da Sustainable Markets Initiative, defendeu que a transição verde precisa sair do papel — e que isso só será possível com cooperação e financiamento. “A transição climática precisa ser acelerada, financiada e escalada. Isso só acontece com colaboração real. O Brasil tem biodiversidade, energia limpa, sistemas únicos. Está na hora de assumir o protagonismo global que já lhe pertence por natureza.”
A COP30 deve atrair cerca de 60 mil pessoas de 190 países. O desafio, segundo os organizadores, é transformar essa mobilização em impacto duradouro. “Essa é a COP da implementação. Se a gente não conseguir mostrar que essa agenda gera emprego, ela não vai gerar voto, nem engajamento. Nosso papel é traduzir e descomplicar esse discurso — e Belém pode ser o lugar onde o Brasil prova que isso é possível”, resumiu Patricia.
Sobre a AYA Earth Partners
A AYA Earth Partners é o primeiro e maior ecossistema dedicado a acelerar a economia regenerativa e de baixo carbono do Brasil, conectando empresas de todos os portes e segmentos, organizações do terceiro setor e especialistas de diversas áreas para compartilhar conteúdos e serviços e impulsionar a transição do país para uma economia de baixo carbono. Liderada pela ex-Secretária do governo do Estado de São Paulo, Patricia Ellen, e pelo empresário Alexandre Allard, a AYA promove o encontro dos melhores pensadores e profissionais de cada setor, com foco no desenvolvimento e implementação de soluções integradas e inovadoras para as empresas e com o objetivo de acelerar a capacidade de CEOs e outras lideranças empresariais de enfrentar os enormes desafios das mudanças climáticas, transformando custos em investimentos e retornos para as organizações.
Com atividades focadas em cinco importantes transições: alimentos e uso dos solos, estrutura financeira verde, economia circular e materiais, energia limpa e renovável e regeneração de florestas e bioeconomia, a AYA pretende contribuir para transformar o Brasil no líder mundial de uma nova economia e a primeira grande nação carbono neutro até 2030 e carbono negativo até 2050. A AYA conta com mais de 140 parceiros comprometidos com a jornada de baixo carbono, incluindo iFood, Deloitte Brasil, Ambipar, Ambev, BV, Accenture, Preta Terra, Fundação Amazônia Sustentável (FAS), Mattos Filho, Pacto Global e SOS Mata Atlântica. A expectativa é que mais de 1000 profissionais desse ecossistema circulem pelo AYA Hub semanalmente, promovendo encontros e trocas orgânicas de experiências e informações. A AYA tem participado ativamente de eventos como o Glocal Amazônia, Diálogos da Amazônia, Climate Week NYC, COP 28 e o primeiro Fórum Brasileiro de Finanças Sustentáveis, que integra a programação do G20 no Brasil, entre outros.
