Aparistas de papel querem selo certificador que comprove reciclagem responsável e respeito ao meio ambiente

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Imagem: Divulgação | Enquanto aguarda decreto presidencial para regulamentar a logística reversa do setor, Anap realiza estudos para a certificação, que seria feita por instituição independente, com aval do governo federal

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Setembro de 2024 – A Associação Nacional dos Aparistas de Papel (Anap), que reúne empresas que reciclam mensalmente milhares de toneladas de material recolhido das ruas pelos catadores e entregue também pelo comércio varejista, atacadistas e indústria, está sugerindo a adoção de um selo certificador de forma a garantir que a reciclagem está sendo realizada de forma sustentável, com respeito ao meio ambiente.

Além disso, o certificado será uma forma de apoiar a iniciativa do governo federal que deve lançar, até o final do ano, um decreto presidencial para regulamentar a logística reversa do setor e o percentual mínimo que a indústria de papelão terá de usar de papel reciclado na produção.

“Estamos nos antecipando. Quando sair o decreto já estaremos prontos para monitorar adequadamente suas diretrizes e exigências”, diz João Paulo Sanfins, vice-presidente da Anap.

Segundo ele, o selo, emitido por uma instituição independente, acompanhará desde questões trabalhista (situações análogas a trabalhos escravos) e padrões éticos, sociais e fiscais para toda a cadeia do setor.

O estudo parte de duas propostas brasileiras bem consolidas no mercado. A primeira delas vem do Recircula Brasil, plataforma desenvolvida pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) e pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Nela pode-se rastrear os resíduos plásticos, desde sua origem até a reinserção como matéria-prima na fabricação de um novo produto. O mesmo seria adotado pelos aparistas de papel e indústrias de papelão.

A outra iniciativa vem da Eureciclo, empresa independente que rastreia os resíduos de todos os agentes da cadeia de reciclagem, incluindo centrais de triagem de recicláveis privados, promovendo reciclagem com responsabilidade social.

“Além disso estamos acompanhando outras fontes como decreto que regulamenta a logística reversa das embalagens de vidro: novo Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR) e as experiências principalmente da Espanha para o uso de plástico reciclado. A Colômbia é um exemplo também”, diz Sanfins.

O caso da Espanha está alicerçado na RecyClass, entidade independente que faz a avaliação e certificação de reciclabilidade e conteúdo reciclado em embalagens plásticas. Ela oferece certificações e auditorias que verificam várias etapas do processo.

Site oficial: https://anap.org.br

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