Agroflorestal: Nova normativa do Mapa amplia qualidade e percepção de valor do café especial no Brasil, segundo Pretaterra

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Imagem: Karl Fredrickson/Unsplash | Para hub de inteligência agroflorestal, cafés especiais podem abranger de 40% a 60% da produção nacional e ajudam a melhorar a qualidade do café cultivado no Brasil, além de gerar mais riqueza para pequenos e médios agricultores

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Janeiro de 2023 – A nova portaria 364/21 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) será fundamental para padronizar o mercado de cafés especiais no Brasil, além de abrir caminho para aumentar o valor e impulsionar a venda desse tipo diferenciado do produto, que atende a pré-requisitos internacionais de qualidade —  incluindo aspectos sensoriais, como aroma, sabor, acidez e doçura.

Essa é a opinião de Paula Costa, cofundadora do hub de inteligência agroflorestal Pretaterra. “Esses parâmetros, se atingirem em conjunto uma pontuação a partir de 83, de acordo com uma escala internacional, são o fiel da balança para que uma parte importante da produção de café no Brasil atinja o nível de classificação dos cafés especiais”, diz Paula.

A atuação da Pretaterra inclui a capacitação de produtores agrícolas por meio de técnicas agroflorestais para impulsionar o valor do café que eles cultivam, além de beneficiar consumidores que buscam um produto de melhor qualidade. Paula explica que o crescimento dessa modalidade especial depende da diversificação do plantio e abre caminho para gerar riqueza a pequenos e médios agricultores, que podem inclusive criar a própria marca. Ela estima que entre 40% e 60% da produção de café no Brasil pode vir a ser comercializada como café especial.

“Os cafés especiais podem abrir caminho para que os consumidores brasileiros pressionem a indústria para colocar mais opções à disposição nas prateleiras dos supermercados, em especial os produtos de melhor qualidade”, diz Paula.

A executiva lembra que o Brasil produz café há mais de 100 anos, porém grande parte dos produtores e consumidores não têm acesso ao conhecimento necessário para identificar um café de alta qualidade. Mas, com a alta do consumo de cafés especiais, um movimento cujo proveito a nova portaria do Mapa tentará facilitar, é possível ter boas referências para buscar produtos diferenciados e separá-los dos demais itens.

“O café especial tem ácidos e açúcares do próprio grão e costuma ter maior valor agregado, o que justifica um custo mais alto e estimula a maior valorização e geração de renda no campo”, afirma Paula.

No Brasil, o estado de São Paulo é o único que possui uma legislação sobre o que é considerado café torrado e moído. Em outros locais, no entanto, a ausência dessa classificação pode deixar o consumidor exposto a cafés com uma porcentagem elevada de impurezas, incluindo resíduos, como cascas e galhos, e sobras de outras culturas, como grãos de milho.

A nova instrução normativa do Mapa buscará padronizar no Brasil boas práticas do mercado global voltadas a essa vertente diferenciada do café.

“Um café especial é tão complexo quanto um vinho ou um azeite de qualidade. Esse movimento é importante pois impulsiona o valor do café, seja para o mercado interno ou para exportação. É preciso deixar de vender o café simplesmente como commodity e passar a precificá-lo também de acordo com os seus diferenciais”, diz Paula.

Ela acrescenta que a regulamentação do café especial evita a alta volatilidade do mercado comoditizado e estimula uma precificação mais justa, que leva em consideração o trabalho minucioso dos cafeicultores, incluindo o manejo, a adubação, a poda, a proteção da lavoura, a colheita, a secagem, o descascamento e a separação.

A Pretaterra estimula os produtores a melhorarem a qualidade do café, elevando a um novo patamar a percepção de valor em torno dessa cultura. “A regulamentação de uma categoria específica para os cafés especiais é essencial para melhorar as condições do produto e educar produtores e consumidores quando ao seu real valor”, diz Paula.

Ela ressalta que o pé de café é um cultivo essencialmente agroflorestal, pois trata-se de uma prática que convive bem com outras culturas e cujas espécies, originárias na Etiópia, se desenvolveram sob as sombras de grandes árvores.

Sobre a Pretaterra

Iniciativa que se dedica à disseminação de sistemas agroflorestais regenerativos – desenvolvendo designs replicáveis e elásticos, combinando dados científicos, informações empíricas e conhecimentos tradicionais a inovações tecnológicas e construindo um novo paradigma produtivo, que seja sustentável, resiliente e duradouro.

Na vanguarda da agrofloresta, a Pretaterra conquistou, em 2018, o primeiro lugar na categoria “Negócios Inovadores” no concurso de startups no Hackatown. Em 2019, projetou, implementou e modelou economicamente o design agroflorestal que ganhou o primeiro lugar na categoria “Sustentabilidade” no Prêmio Novo Agro, do Banco Santander e da Esalq – o case “Café dos Contos”, em Monte Sião, Minas Gerais. Em 2020, a empresa esteve entre as finalistas do Prêmio Latinoamerica Verde, para startups e projetos inovadores em sustentabilidade na América Latina.

A convite do Rei Charles III e do Instituto Florestal Europeu, em 2021, a Pretaterra passou a liderar a frente agroflorestal da Aliança da Bioeconomia Circular. Em 2022, tornou-se agente da Década de Restauração de Ecossistemas das Nações Unidas.

Para mais informações, acesse https://pretaterra.com/ e acompanha as redes sociais: LinkedIn, Instagram, Facebook, Twitter e YouTube.

Imprensa | Pretaterra

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