Moda circular: Upcycling reaproveita peças que seriam descartadas e ajuda o meio ambiente

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Foto: Roberta Negrini, CEO e fundadora do Movimento Eu Visto o Bem
Foto: Roberta Negrini, CEO e fundadora do Movimento Eu Visto o Bem

Imagem: Divulgação | Segundo fundadora do Movimento Eu Visto o Bem, técnica  permite ressignificar produtos têxteis após consumo

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Março de 2024 – O que fazer quando a camiseta tem um defeito de fábrica ou a calça ficou manchada na lavagem? Para muitos a resposta seria jogar fora. Mas para o Movimento Eu Visto o Bem, que busca ressignificar a indústria têxtil, levando sustentabilidade e buscando oportunidades de trabalho e reintegração para mulheres em situação de vulnerabilidade, o melhor a fazer é o chamado “upcycling”. 

Segundo Roberta Negrini, figura influente nos setores da moda, inclusão social e negócios de impacto e fundadora do Movimento Eu Visto o Bem, é preciso considerar que, a cada segundo, o equivalente a um caminhão de lixo cheio de roupas é queimado ou despejado em aterros sanitários, por isso, evitar o descarte necessário se torna cada vez mais essencial.

“Os projetos de upcycling consistem em reaproveitar peças que iriam para descarte, descosturar, e transformar em um novo produto. A prática do upcycling reduz a quantidade de resíduos descartados e diminui a necessidade de exploração de recursos naturais para a produção de matéria prima virgem”, explica.

De acordo com Roberta, o Brasil é um dos maiores produtores de algodão no mundo, o que significa uma produção acompanhada do uso alarmante de agrotóxicos e pesticidas.

“Um estudo feito com mulheres expostas ao glifosfato, em Uruçui, no sul do Piauí, estimou que uma em cada quatro grávidas da cidade sofreu aborto espontâneo e que, das mães tinham o leite materno, 83% delas estava com esse leite contaminado”, conta. 

O upcycling, segundo a executiva, procura adaptar e reaproveitar os produtos para prolongar a sua vida útil e evitar o descarte desnecessário.

“Na prática, transformamos peças como calças em jaquetas ou macacões em acessórios. É diferente da reciclagem, pois não usamos processos químicos”, afirma. 

Naturalmente que nem todas as peças podem passar por upcycling, e o resultado depende de uma série de análises. Segundo Roberta, é necessário fazer uma avaliação das condições do produto.

“Se o tecido for fino, é possível fazer uma dublagem para deixar o produto mais estruturado. Também dá para fazer a personalização do novo produto estampando a sua marca por meio do silk, bordado ou etiqueta. E a quantidade final de produtos dependerá do modelo do produto final e do volume de peças a serem utilizadas como matéria prima”, diz ela. 

Sobre Roberta Negrini

Roberta Negrini é figura influente nos setores da moda, inclusão social e negócios de impacto. Com uma sólida trajetória como CEO e fundadora do Movimento Eu Visto o Bem, ela se destaca enquanto líder comprometida com a ressignificação da indústria têxtil, buscando oportunidades de trabalho e reintegração para mulheres em situação de vulnerabilidade.

Sua experiência abrange a inovação na moda e na indústria de beleza e a promoção ativa da inclusão e diversidade, evidenciada por seu papel como vice-presidente no Sport Club do Recife.

A especialista é reconhecida por seu pioneirismo em práticas de negócios sustentáveis e seu empenho em promover mudanças significativas na sociedade por meio de ações e projetos em prol da inclusão social e econômica.

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